O dia 25 de maio é a data em que se celebra o dia nacional da indústria, uma homenagem destinada a um dos setores mais importantes da economia brasileira. A comemoração ocorre nessa data para homenagear o patrono da indústria no Brasil, Robert Simonsen, que veio a falecer em 25 de maio de 1948.
Devido a pandemia do COVID-19, que teve início no primeiro trimestre de 2019, a indústria no Brasil tem passado por transformações e realizando novas adaptações. Diante desses dois cenários apresentados, entrevistamos o diretor industrial da Knauf Isopor®, Airton Hajaj, para celebrarmos essa data e sabermos sobre os próximos desafios e oportunidades da indústria diante da pandemia. Confira!
A pandemia no Brasil surgiu entre fevereiro e março de 2020. Como a indústria de EPS recebeu a notícia e como ela se preparou para os próximos meses que viriam?
O impacto inicial foi muito grande, pois tivemos uma redução significativa em nossas entregas em função de toda a incerteza no cenário da indústria em geral. Em um 1º momento, a área Automotiva foi a mais impactada, considerando alguns fatores como: férias coletivas e reduções drásticas em seus volumes de produção. Após 3 meses do início da pandemia, sentimos indícios de recuperação de todos os mercados em que atuamos, e uma retomada da produção.
A indústria do EPS teve uma contribuição bastante positiva para esse cenário de pandemia quando pensamos no fornecimento de embalagens para transportes de produtos, como: caixas térmicas para alimentos em geral, demanda do e-commerce e para transporte de vacinas e medicamentos.
Para você, o que será a indústria pós-pandemia? E quais as diferenças com a indústria pré-pandemia?
Ainda estarmos vivendo em um cenário de pandemia e já podemos identificar mudanças na indústria. A demanda do mercado para o desenvolvimento de novos produtos que se adaptem a modalidade de entregas (e-commerce) e o surgimento da nova demanda de produtos que utilizamos em home office, são alguns indicativos desta mudança.
Também adotamos o home office para funções que não são mandatórias a presença física em nossas Plantas. Reuniões presenciais com clientes e visitas às fábricas deram lugar a vídeo e fone conferências, trazendo muitas vezes mais objetividade, produtividade e agilidade aos temas tratados.
A Knauf, como algumas indústrias de bens essenciais, não interrompeu sua produção. Quais foram as estratégias adotadas para garantir total segurança dos colaboradores?
Estabelecemos protocolos de segurança e saúde para todos os nossos colaboradores, baseado nas recomendações da OMS e do Ministério da Saúde. Esses procedimentos são reforçados diariamente junto aos nossos colaboradores através dos Diálogos de Segurança, onde são tratadas as recomendações de prevenção ao Covid-19, tanto dentro da nossa Empresa quanto fora do ambiente de trabalho. Restringimos ao máximo a entrada de terceiros em nossas Fábricas.
Quais foram as principais oportunidades que a empresa percebeu e como foi possível colocá-las em prática?
Exploramos uma linha de produtos mais voltado à atividade Delivery, englobando caixas térmicas, bem como embalagens para itens mais sensíveis, tal como cosméticos, e focando no transporte de vacinas e medicamentos.
Desde a chegada da pandemia, alguma linha da Knauf apresentou forte queda? E o contrário, houve aumento de produção de alguma linha?
Sim. A linha Automotiva apresentou um impacto maior em função da falta de alguns componentes para montagem dos veículos, o que perdura de certa forma até hoje. No entanto, as Linhas de Domestic Appliances, Food e principalmente Health, foram as que mais se destacaram com aumento de volumes.
Airton Hajaj
Diretor Industrial
No momento atual, o tema mais pesquisado pela sociedade é o de vacinas e sabemos que o Isopor tem papel fundamental no transporte e na logística. Como é produzida uma caixa de isopor específica para vacinas e medicamentos?
Os requisitos técnicos das Caixas Térmicas para transportes de vacinas e medicamentos dependem basicamente da temperatura que deve ser mantido o produto, bem como o tempo de transporte até o destino final. Estes são os dois fatores mais importante que irão definir as características técnicas do produto. Nós na Knauf temos total capacidade de desenvolver as melhores solução para esse mercado, junto ao nosso time de experts em Health.
O CNI apontou que 83% das empresas precisarão de mais inovação no pós pandemia. Como você vê a inovação para a indústria de isopor e como ela irá auxiliar?
Sem dúvida alguma, teremos que desenvolver produtos que atendam as novas demandas que estão surgindo nesse novo mercado, desde embalagens para transportes de novos produtos até caixas térmicas com maior capacidade de manutenção térmica do produtos. Para isso, temos uma equipe de desenvolvimento de produtos aqui no Brasil, e, se for necessário, temos o suporte de nossa matriz.
Considerações finais
Em nenhum momento as Plantas Knauf interromperam a produção por conta da pandemia. Sempre buscamos a flexibilização necessária e a adoção dos protocolos preventivos para continuidade de nossas atividades. Continuamos investindo em equipamentos, processos e qualificação de nossa mão de obra, a fim de saímos fortalecidos deste período de incertezas. Temos certeza de que isso irá acontecer!